terça-feira, 5 de novembro de 2013

Auto analise: 5 perguntas que podem dizer muito sobre você.

Sabe aquela história de ossos do ofício? Então, com o passar do tempo de atendimento clínico, ganhei um certo traquejo para identificar alguns perfis de personalidade que me orientam na maneira de conduzir o problema que alguém traz. Há algumas perguntas básicas que podem dar pistas valiosas sobre como você encara a vida e como se relaciona com as pessoas à sua volta.
Quero compartilhar algumas dessas questões que, embora pareçam simplistas por provocarem raciocínios binários, abrem caminho para perguntas mais profundas sobre a sua personalidade. Não tenha a ingenuidade de tomar isso como definitivo, mas como o pontapé inicial para uma reflexão que vai levá-lo aos labirintos complexos da sua mente.
Está pronto? Então vamos lá. Pegue um papel e uma caneta, respire fundo e responda com honestidade – e não como gostaria que as coisas fossem.

1. O que você pensa da vida?

A) Ela é um caminho que precisa ser planejado com calma, buscando cada decisão de maneira cuidadosa e pensada. Não gosto de mudanças repentinas e fora do meu controle. Prefiro fazer planos e sentir segurança sobre o amanhã.
B) A vida é uma jornada sem garantias. Sigo como se as pistas fossem sendo dadas ao longo do caminho e ouço meu coração. Gosto de respirar o momento presente e sei que tudo está garantido. O prazer é meu guia e não admito viver sem fazer aquilo de que gosto.


2. O que você acha do amor?

A) Gosto de me entregar de cabeça e viver meus sentimentos com honestidade. Acho que as pessoas podem se apaixonar em situações inusitadas e não tenho dificuldade em me entregar.
B) Imagino que um relacionamento é algo tão importante para uma pessoa que não devemos agir impulsivamente. Gosto de pensar com tranquilidade e confesso que desconfio sobre a seriedade das pessoas. Elas acabam em algum momento traindo nossa confiança e, por isso, prefiro viver minha vida de forma independente. Relacionamentos sérios não são a minha prioridade.


3. Como lida com o dinheiro?

A) Gosto da sensação de segurança ao olhar minha conta e ver que minhas contas estão em dia e que tenho uma boa reserva. Não me incomodo em adiar uma compra e fazer planilhas se necessário para garantir um futuro agradável e estável.
B) Não sou apegado aos bens materiais, gosto mais da liberdade que a vida oferece. Não acho que preciso fazer grandes compras por mês e sempre dou um jeito e pago minhas contas. Confesso que tenho um pouco de descaso e sou descuidado das minhas finanças.


4. Qual sua visão de trabalho?

A) O trabalho não é a coisa mais importante da minha vida, afinal ele é um jogo que as pessoas alimentam e que pode acabar te aprisionando. Fora dali tudo é mais divertido e interessante.
B) Minha vida está focada no trabalho e ele me realiza completamente. Poderia passar muito tempo envolvido nas tarefas a cumprir. Tenho um plano de carreira claro para atingir meus objetivos profissionais. Trabalho é meu lema.


5. Qual o seu legado?

A) Viver a vida em sua plenitude. Quero experimentar um pouco de tudo e viver intensamente. Meu legado sou eu.
B) Quero deixar um exemplo de vida e contribuir para o crescimento das outras pessoas usando de minhas habilidades e deixando algo de valioso para as futuras gerações.
Interpretações

Respondido? Agora vamos a uma breve interpretação do que pode significar cada uma das suas respostas:

1. Se você respondeu A, talvez você tenha uma personalidade mais orientada por regras e o senso de dever. É possível que sua vida seja bem estável e sob controle, o que possibilita navegar com certo grau de previsibilidade. Por outro lado, é provável que você tenha dificuldade de realizar mudanças ou aceitar situações inesperadas ou que contrariem suas expectativas. Um desafio para você seria desenvolver apreciação pelo momento presente e pela conexão com pessoas e sentimentos – e não apenas por estruturas racionais da vida.
Se você respondeu B, talvez você tenha uma personalidade mais orientada pelo prazer. É possível que seja muito carismático, querido e comunicativo; no entanto, nem sempre conseguirá cumprir completamente as tarefas até o fim ou se engajar em algo de longo prazo e até perderá boas chances pessoais por causa disso. Uma sugestão? Tentar dividir grandes tarefas em pequenas para atingir planos de longo prazo.

2. Se você respondeu A, seu estilo de envolvimento pode ser apegado. Sua capacidade de envolvimento é alta e você consegue dizer o que se sente, mas talvez se torne excessivamente ansioso para entrar num relacionamento e acabe ficando dependente de cada movimento do parceiro. Uma dica: desenvolva mais autonomia e entenda que os relacionamentos amorosos não são a única fonte de nutrição emocional.
Se você respondeu B, seu estilo de relacionamento é evitativo. Sua capacidade de analisar racionalmente e até desejar um relacionamento muito rico é admirável, mas de outro lado é possível que ninguém se encaixe nas suas idealizações e, por isso, você acabe acreditando que relacionamentos não são para você. Não seria uma má ideia abaixar a guarda e deixar que alguém toque você – mesmo que não seja tudo perfeito.

3. Se você respondeu A, sua relação com o dinheiro pode ser mais acumuladora. Isso lhe permite fazer planos e construir um patrimônio sólido – no entanto, você pode perder a capacidade de fluir na vida e se arriscar para além do seguro e, sem perceber, se sentir acorrentado na ideia de que a única fonte de segurança é o dinheiro. Vale um esforço para investir dinheiro e tempo para além das obrigações e se divertir com ele sem tanta antecedência.
Se você respondeu B, talvez seja gastão. De um lado, pode curtir com mais facilidade a vida, mas nunca poderá construir algo de longo prazo e nem fazer planos com outra pessoa. É possível que se endivide e até sofra consequências ruins na sua vida pessoal. Aí o prazer acaba não sendo tão bom. Uma dica é buscar alguém que tenha a capacidade de ajudar você a criar uma reserva para continuar usufruindo o prazer, mas ao mesmo tempo ficando seguro no futuro.

4. Se você respondeu A, o trabalho é um meio para experimentar a vida. Isso deixa você mais focado em pessoas e realizações pessoais. É provável que você até sinta uma liberdade frente ao formalismo exagerado do mundo contemporâneo, mas ao mesmo tempo pode se sentir descolado se tiver que se enquadrar em meios que pedem rotina e protocolos. Se você tem realmente liberdade interior pode se dedicar também a entrar um pouco nesse universo do trabalho e desenvolver habilidades importantes para você como pessoa.
Se você respondeu B, o trabalho é um fim em si mesmo. Sua capacidade de se focar em resultados e viver grande parte do seu tempo lidando com desafios profissionais o levará longe. De outro lado pode ficar com o olhar viciado no trabalho e perder de vista as pessoas que o cercam e até ficar preso num script excessivamente técnico e distante, impedindo de se divertir em ambientes menos estruturados. É valioso pensar na possibilidade de estabelecer uma conexão com pessoas queridas e pedir para que sejam guardiãs desse equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

5. Se você respondeu A, seu olhar é mais hedonista. A inspiração que causa nas pessoas é imediata e energética, certamente provoca interesse imediato. No entanto, pode ficar muito focado nas suas vontades e perder de vista os outros pelos outros, sem interesse imediato. Tente exercitar um olhar para o futuro e realmente se preocupar com os outros sem que isso implique necessariamente em um benefício pessoal.
Se você respondeu B, sua forma de ver o mundo é mais altruísta. Sua capacidade de se dedicar aos outros é adorável, e conviver com você é sempre uma oportunidade de aprendizado. Em contrapartida, você pode ficar muito obcecado em se desenvolver, e isso pode tirar sua leveza e espontaneidade. Um exercício seria cuidar um pouco de si mesmo sem alegar que é egoísta e sem se sentir culpado.
E aí, qual o resultado da sua autoanálise? Você é como gostaria de ser? Precisa mudar em alguns aspectos? Conte pra gente nos comentários!

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