A tradição do pescoço comprido começa quando as meninas ainda pequenas, por volta dos cinco anos, ganham o primeiro aro para ornamentar o pescoço. Depois, à medida quew vão crescendo, ganham outro e mais outro até o pescoço ficar com aparência de bem comprido. Dizem até que elas os utilizam para sempre, porque se resolverem tirar o pescoco desaba e elas morrem, mas isso é conversa fiada. Pois, na eventualidade de tirarem os anéis, obviamente não morrem, apenas abandonam o seu ganha-pão, retomando sua liberdade de movimentos. Os aros metálicos em torno do pescoço delas apenas o distorcem, sem encompridá-lo como muitos imaginam. A explicação é que Os anéis exercem pressão nos músculos trapézios e estes se ocultam por baixo da clavícula. Além disso, as vértebras do pescoço, devido à pressão constante, assumem ângulos de 45º, o que resulta num alongamento apenas aparente do pescoço.
Pelos registros do Guiness Book, a mulher que já teve o pescoco mais comprido foi Karen Nighten, que viveu entre 1889-1969 nessa região. Ela teria sido a mulher-girafa pioneira, pois dizia-se na época que a mulher que tem pescoco comprido, fica mais bonita. O pescoco de Karen media aparentemente 51 centimetros.
.É bom saber que não é o pescoço que cresce como muitos pensam, mas são os ombros que descem, pois a clavícula cede com o peso dos aros. De modo que, quatro vértebras torácicas passam a fazer parte da estrutura do pescoço. Existem algumas interpretações para tal costume:
os colares teriam o objetivo de espantar as forças sobrenaturais;
os aros eram usados pelas camponesas como uma proteção contra os tigres, que atacavam primeiro a garganta para beberem o sangue;
as mulheres adúlteras usavam os colares como castigo, antigamente;
para que suas mulheres não fossem raptadas, os homens tornavam-nas feias, usando aros nos pescoços;
era uma maneira de os homens mostrarem, através dos aros, a riqueza que possuíam;
para os padaungs (principal tribo de mulheres-girafas) o centro da alma localiza-se no pescoço. Os aros protegem a alma e a identidade da tribo. Antigamente eram aros de ouro, mas hoje são de cobre.
Hoje em dia, se alguém pergunta o porquê do uso de tantos aros pelo corpo, recebe a seguinte explicação: “Uso todos estes aros, assim como minha mãe, minha avó e minha bisavó usavam, simplesmente para ficar mais bonita”.
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