A espécie Turritopsis dohrnii de águas-vivas é capaz de viver eternamente, pois ela possui um sistema de "envelhecimento ao contrário", que entra em ação sempre que encontra uma situação de estresse ou ataque. Durante esse período, o organismo dessa criaturinha marítima - que tem o tamanho aproximado ao de um mosquito - passa por um processo de transdiferenciação celular. É algo parecido com o que acontece com as células-tronco humanas, em que uma célula se transforma em outra. Como são imortais as Turritopsis estão se espalhando de uma forma assustadora pelo mundo, o que os cientistas chamam de "invasão silenciosa".
O cientista Shin Kubota, ao contrário de outros, acredita que essa espécie de água-viva pode ser a chave para a imortalidade humana e até agora, já dedicou mais de 15 anos de estudos à Turritopsis.
Ele pode estar certo. O famoso Projeto Genoma, constatou em 2003 que humanos compartilham o mesmo número de genes com vários animais e que há uma grande similaridade genética entre nós e as águas-vivas.
Se um dia os cientistas conseguirem aplicar a fórmula da imortalidade na raça humana, o mundo terá questões importantes para responder, principalmente no que se tange ao controle populacional.
De acordo com um estudo do Population Reference Bureau, mais de 100 bilhões de pessoas já morreram até hoje na história da humanidade, 14 vezes a população atual da Terra.
Também tem a questão da evolução da nossa espécie. Se as pessoas não morrerem, a natalidade terá que ser altamente controlada e a evolução praticamente estagnaria.
Além dessas, surgiriam outras questões complicadas que por enquanto, nem nós nos atrevemos a responder. Por enquanto.
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